sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Deixa-me rir



Deixa-me Rir

Jorge Palma

Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou entao deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre so por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

2 Desejosos(as) comentaram:

M4rciano disse...

Se deixo?!...
Para rir não é esse, olha este:

A professora entra na aula e diz:
- Hoje vamos ter aula de poesia. Joãozinho, não me quer fazer uma rima?
- Claro professora!!!
- Qual é o título?
- Leopoldina!
Então, o Joãozinho começou:
- Estava a andar pela praia, encontrei a Leopoldina, veio uma onda do mar e encharcou-lhe a canela!!!
- Mas não rimou, Joãozinho!
- Não rimou porque a maré ainda estava baixa!

Oana Gomez disse...

M4rciano.... :)))

O Joãozinho é um grande poeta!

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