segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Devoção



Soneto da devoção

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Talvez... — mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!

Vinicius de Moraes

3 Desejosos(as) comentaram:

Water disse...

à melancolia juntávamos uma melancia..
e seria uma maravilha ;)

R disse...

E aqui tens a devoção de minha visita... :)

Beijoas

Oana Gomez disse...

Watermelon ;))

Eros,
agradeço a devoção ;)
Beijos

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